Briga entre irmãos: Aprendendo a acalmar os ânimos

15/08/2017

Para quem tem mais de um filho, é normal e recorrente ouvir gritos e discussões entre os irmãos pela casa. Diante de situações como essa, é preciso ter muita paciência para apaziguar o que está acontecendo. Por outro lado, a briga entre os pequenos é importante para que eles tenham um crescimento saudável e aprendam a lidar com os seus sentimentos – principalmente o ciúme e a frustração que são gerados durante o conflito.

É claro que os pais também acabam sendo influenciados por esses sentimentos nessas horas, até porque não conseguiram evitar a briga e, muito menos, dar uma solução a ela uma vez começada. Mas é preciso ter em mente que todo irmão briga. Uns mais, outro menos, mas brigam. Os motivos para tal ocorrência podem ser coisas mínimas, mas é preciso identificá-la para que uma solução direcionada possa ser feita.

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Atualmente, há dois motivos centrais para grande parte das brigas entre irmãos. São eles:

  • Ciúmes: normalmente uma criança, quando ganha um irmãozinho, sente que está perdendo um espaço que até então era só dele e isso acaba gerando em seu interior um sentimento enorme de frustração;
  • Disputa de poder: seja ele por brinquedos, canal de televisão ou, até mesmo, por atenção dos pais, a disputa pelo poder é recorrente e precisa ser resolvida para que as crianças possam aprender a compartilhar o que é seu e/ou de todos.

Em alguns casos mais “simples”, o ideal é sempre deixar com que os próprios pequenos se entendam e resolvam a situação. Mas, quando agressões físicas e/ou verbais são constatadas, a intervenção dos pais é de fundamental importância.

Confira abaixo algumas dicas de como resolver a tensão que há entre os seus filhos.

Converse

Grande parte dos especialistas em comportamento infantil afirma que a conversa ainda é o melhor meio de solução para qualquer tipo de briga que haja entre duas ou mais crianças. A grande questão é na quantidade de conversas que se faz necessária, pois uma só não basta. É preciso que os pais insistam e repitam as mesmas coisas (mas de formas diferentes), para ambos, para que eles possam, aos poucos, assimilar os efeitos das palavras.

Seja o exemplo

A famosa frase “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” não se encaixa quando o assunto é briga entre irmãos. Isso acontece porque os pequenos sempre irão se espelhar em alguém mais velho com quem tenham mais contato em seu dia a dia. Portanto, papais, prestem bem atenção na maneira como falam, gesticulam e resolvem seus problemas, pois dependendo de como seja, seus filhos farão exatamente igual.

Mudar a si mesmo não é uma tarefa fácil e não irá se realizar da noite para o dia. Mas, com um pouco de prática e persistência, seus maus hábitos podem se tornar bons para o resto da vida.

Ensine a dividir

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Como boa parte dos conflitos entre irmãos gira em torno da disputa pelo poder, ensiná-los a dividir o que se tem é bem importante. Uma criança, por mais que ela tenha todos os traços para tal, não pode crescer de maneira egoísta. Por isso que é papel dos pais fazer com que ela entenda que um objeto, seja ele brinquedo, roupa e demais outros, não pertence somente a ela, mas sim do conjunto que habita a casa em que está. Ensinar a dividir é custoso, mas uma solução viável para a questão é inserir as crianças na decisão do compartilhamento. Você vai ver como o comportamento delas irá mudar.

Cada filho é único

Não devemos comparar um filho ao outro. Além de estar colocando alguém em uma posição de inferioridade, a criança fica frustrada e revoltada por achar que o seu irmão é melhor e o preferido dos pais – e você sabe que não é bem assim que as coisas são.

O ideal é ter em mente que não tem como tratar igual duas pessoas diferentes. Então, a melhor maneira de contornar a situação é dedicar um tempo a sós com cada um de seus filhos. Faça com eles atividades que gostem e deixe com que se sintam exclusivos naquele momento. Além disso, não agredir a autoestima da criança também é muito importante, pois assim aquele sentimento ruim de frustração não evolui para algo mais grave num futuro próximo.

Negocie

Muitos conflitos tem o seu início por motivos bem mesquinhos, como, por exemplo, quem irá estrear a cadeirinha nova no carro. Portanto, faça negociações com os pequenos. Em outras palavras, ofereça soluções a eles. Proponha que haja revezamento no uso a cada 2 dias ou 1 semana, mas sempre consulte a opinião das crianças, pois elas, acima de qualquer outra pessoa, saberão qual será a melhor maneira daquilo discorrer.

Estabeleça limites

Se você percebeu que, mesmo com todas essas alternativas anteriores, o problema não foi sanado, é preciso entrar em ação de maneira mais explícita. Crie limites para as crianças, diga a elas qual foi o momento crucial para que toda aquela situação acontecesse. Tente despertar a empatia delas, ou seja, faça com que cada uma imagine como seria se estivesse na situação da outra. Caso perceba que a briga começou por um elemento específico, inspecione-o. Por exemplo: se as crianças iniciaram uma briga por conta de uma não deixar a outra usar o computador, tire o direito das duas de mexer no aparelho por alguns dias. Assim, elas poderão usar esse período para pensar sobre aquilo que fizeram e encontrar uma maneira de se reconciliarem e fazerem as pazes.

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Com essas dicas, não tem erro durante a missão-quase-impossível de solucionar uma briga entre as pessoas que você mais ama na vida. Afinal, não custa nada tentar aplicá-las para que você possa ter um pouquinho mais de paz e tranquilidade, certo?

Referências:

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